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Carreira Z: O que é?

Atualizado: 20 de jan.

Muito se fala sobre a necessidade de ter um plano de carreira, tanto nas salas de RH para estruturar na empresa quanto nas cozinhas das pessoas, para pensar o que quer ser quando crescer. Em ambos os lugares, as opções já são conhecidas: crescer para se tornar "chefe", nas tradicionais carreiras verticais, desde os tempos de Taylor e Fayol, a dúvida entre se tornar especialista ou generalista, se misturando com os conceitos das carreiras em Y e W... mas, e se a pessoa só quiser o mesmo ofício até o último dia da sua vida? E se a empresa não tiver degraus para o indivíduo ocupar outros cargos além daquele que ela foi contratada?


A sociedade global que fomos inseridos nos ensinou que esse não é o certo. Ou você cresce, ou você não tem sucesso. Crescer para onde, se a empresa nem sempre tem esse espaço? Crescer por quê, se a pessoa se sente muito bem fazendo o que faz e recebendo o que pagam? Quem disse que não tem sucesso aí, Berenice? É preciso quebrar alguns paradigmas e passarmos a normalizar o que já é naturalmente feito.


Assista também nossa live de inauguração da Carreira Z, explicando um pouco mais sobre o conceito:



É aí que chegamos na Carreira Z. Em vários anos mergulhado no universo de orientação profissional e cargos e salários, conhecendo histórias de profissionais angustiados pelo lugar que trabalham e empresas agoniadas por causa da sua estrutura de remuneração e carreira, me indagava sobre essa lacuna que faltava ser preenchida: a aceitação, de CPFs e CNPJs, de que é certo querer o mesmo cargo para sempre e oferecer a estabilidade para o profissional. Não confunda com comodismo. É preciso dedicação, desempenho, intraempreendedorismo, entre outros adjetivos queridinhos por gestores e RHs, para se manter no mercado de trabalho e na mesma posição. É preciso manter-se atualizado para manter-se no mesmo lugar, porque o mundo já muda constantemente (e não quer dizer que você precisa mudar também, mas se mexer sim, pelo menos).



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O "Z", neste caso, representa dois fatores presentes no novo conceito. O primeiro, tem a ver com a horizontalidade da carreira. Bem diferente da carreira hierárquica que, como diz o feed do Linkedinho, "foguete não tem ré", a Carreira Z valoriza a escolha do indivíduo. Eu preciso voar para ser alguém de sucesso? Não. Você pode navegar, explorar o mar infinito da sua função, tornar-se especialista nas rotinas que você exerce ou exerceu há anos. O conceito de sucesso, na Carreira em Z, não está atrelado ao cargo, e sim ao que a pessoa quer da sua vida. Ter uma casa, formar uma família, viajar uma vez (ou mais) por ano, aprender coisas aleatórias... tudo isso não depende de um cargo elevado. É paz de espírito que se fala, né? Poder acordar todos os dias tranquilo ou tranquila de que sua vida está caminhando bem e sentido aos seus objetivos pessoais. Do lado da empresa, há também a consciência de que alguns (vários) cargos é o limite para o colaborador ou colaboradora. O time de RH não precisa se desesperar porque precisa dar uma promoção ou inventar cargos só porque a pessoa está pronta para crescer e não se tem para onde ir. Talvez, o caminho mais correto seja mesmo outra empresa, e está tudo bem. Mas sabe-se que os objetivos pessoais da próxima ocupante precisam estar alinhados com o que o cargo tem a oferecer.


O segundo fator está ligado às novas gerações profissionais. É preciso ouvi-las, entender o que se espera de um ambiente de trabalho e de um plano de carreira e, constantemente, formar caminhos que vão de acordo com as tendências da sociedade. Olhar de forma mais equilibrada entre a sociedade do mundo e os interesses dos sócios da empresa. Um depende igualmente do outro, a empresa faz parte de uma comunidade e muitas comunidades se formam dentro de uma empresa. Entendendo as novas fornadas de profissionais que ingressam no mercado de trabalho, ano a ano, os RHs precisam revisar toda a sua política de cargos e salários e validar se estão de acordo com os conceitos de equidade salarial, inclusão e diversidade, valores e propósitos, tudo isso muito além de tempo mínimo para ser promovido ou critérios de avaliação de desempenho para receber um aumento salarial. Nem sempre é sobre crescer.


Por fim, a Carreira Z não descarta o crescimento de cargo. Pelo contrário, ele compõe o degrau para o próximo nível que o desenho do Z forma. Porém, o sucesso desse crescimento de cargo vai depender de quanto aquele profissional explorou do seu cargo anterior. A chance do "voo do foguete" dar certo é maior quando ele explorou o máximo possível da terra em que ele estava pisando. Para que tudo isso funcione, é preciso estar tudo muito bem amarrado: ter um organograma claro e transparente para toda a empresa, ter descrições de cargo assertivas e de fácil compreensão, montar uma avaliação de cargos justa e que contemple todos os cargos, além de uma tabela salarial que reflita a horizontalidade e verticalidade que a empresa pode oferecer. Não é só desenhar um "Z", botar os cargos lá, e pronto. Os cargos, remuneração e critérios dão a consistência para o desenho da carreira.


É nesse "ziguezague" que a Carreira Z surge, como empresa e consultoria. Percebendo uma necessidade grande de inovação em Cargos & Salários, junto com a premissa de ter políticas de RH consistentes, bem embasadas e ágeis (no entendimento e aplicabilidade), criamos não só o conceito, mas também a metodologia aplicada nos nossos serviços, misturando a marca com teoria, teoria com produto, produto com método, e por aí vai. Quer saber mais como tudo isso funciona? Nos chame para uma conversa, seja você Consultora, Consultor, CEO, Analista de RH, Estagiário... conhecimento é algo que a gente aprende na troca.

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